En un contexto de pandemia y crisis sanitaria, las organizaciones que integramos la Plataforma Mercosur Social y Solidario (PMSS) expresamos nuestra solidaridad con los pueblos y comunidades que ven afectadas su salud, economía y seguridad. Pero también queremos señalar que nos preocupa que las medidas adoptadas por algunos gobiernos avasallen derechos sociales básicos.

Coincidimos en la importancia de tomar medidas que se conecten con la protección del derecho a la salud pública. Sin embargo, el coronavirus no puede ser una excusa para violar Derechos Humanos. El Estado debe asegurar que las personas puedan tener acceso a sus medios de vida, servicios básicos y garantías constitucionales. 

Entendemos que la restricción de la circulación es una medida necesaria para evitar la propagación de la enfermedad, pero de ninguna manera esto puede habilitar el accionar represivo de las fuerzas de seguridad. La libertad personal sólo puede ser restringida si alguien comete un delito, no por motivos arbitrarios e inconstitucionales.

También subrayamos que hay problemáticas que se agudizan ante el aislamiento social, como la violencia contra las mujeres. Por ello, exigimos a los gobiernos que dispongan de los recursos y los mecanismos necesarios para atender a las víctimas cuyas vidas están en un creciente riesgo.

Asimismo, consideramos fundamental que los paquetes de medidas que tomen los gobiernos incluyan acciones para paliar la crisis económica, que afecta principalmente a los sectores populares. Preservar las fuentes laborales y de ingresos debería ser una de las prioridades de los Estados, así como la garantía de un ingreso mínimo para las poblaciones que se encuentran en el mercado laboral informal, así una vez culminado este ciclo las comunidades no sufran las consecuencias de este paquete económico. En este sentido celebramos iniciativas como la del Ingreso Familiar de Emergencia en Argentina destinado a los sectores más excluidos

Es por ello que insistimos en la importancia de un Estado presente, que tome los recaudos necesarios para cuidar la salud pública y el bienestar social. Rechazamos la idea neoliberal de que el Mercado es el encargado de regular las condiciones sociales. También rechazamos cualquier intento de convertir esta pandemia en un pretexto y un subterfugio para las actitudes autoritarias e irresponsables de los gobiernos que ponen en riesgo la vida de las personas, como es el caso hoy en Brasil.

Exigimos que circule información clara y precisa desde los sitios oficiales, para transmitir tranquilidad a la población y no crear mayor incertidumbre. En ese sentido, los medios de comunicación (sobre todo los no hegemónicos) cumplen una tarea de suma importancia para dar lugar a la diversidad de voces y llegar a diferentes puntos de la región.

Para finalizar, exhortamos a la responsabilidad colectiva, a la empatía solidaria y al cuidado social. Porque la salida siempre es entre todos y todas.

#LaSalidaEsColectiva #MeCuidaElEstadoNoElMercado

 

Apelo aos Estados para que respeitem os Direitos Humanos

Em um contexto de pandemia e crise da saúde, as organizações que compõem a Plataforma Mercosul Social e Solidário (PMSS) expressam sua solidariedade aos povos e comunidades que veem afetadas sua saúde, economia e segurança. Mas também queremos ressaltar que nos preocupa que as medidas adotadas por alguns governos violem direitos sociais básicos.

Estamos de acordo quanto à importância de tomar medidas relacionadas à proteção do direito à saúde pública. No entanto, o coronavírus não pode ser uma desculpa para violar os Direitos Humanos. O Estado deve garantir que as pessoas possam ter acesso a seus meios de subsistência, serviços básicos e garantias constitucionais.

Entendemos que a restrição da circulação é uma medida necessária para evitar a propagação da doença, mas isso não pode de forma alguma permitir ações repressivas das forças de segurança. A liberdade pessoal só pode ser restringida se alguém cometer um crime, não por razões arbitrárias e inconstitucionais.

Sublinhamos também que existem problemas que são exacerbados pelo isolamento social, como a violência contra as mulheres. Portanto, exigimos que os governos disponham os recursos e mecanismos necessários para cuidar de vítimas cujas vidas estão em maior risco.

Da mesma forma, consideramos essencial que os pacotes de medidas adotadas pelos governos incluam ações para aliviar a crise econômica, que afeta principalmente os setores populares. Preservar as fontes de trabalho e renda deve ser uma das prioridades dos Estados, assim como garantir uma renda mínima para as populações que estão no mercado informal de trabalho, para que, terminado esse ciclo, as comunidades não sofram as consequências deste pacote econômico. Nesse sentido, comemoramos iniciativas como a Renda Familiar de Emergência na Argentina para os setores mais excluídos.

Por isso, insistimos na importância de um Estado presente, que tome as precauções necessárias para cuidar da saúde pública e do bem-estar social. Rechaçamos a ideia neoliberal de que o mercado é responsável por regular as condições sociais.  Também rechaçamos qualquer tentativa de transformar essa pandemia em um pretexto e um subterfúgio para atitudes autoritárias e irresponsáveis ​​dos governos que colocam em risco a vida das pessoas, como é o caso hoje do Brasil.

Exigimos que circulem informações claras e precisas dos sites oficiais, para transmitir tranquilidade à população e não criar mais incertezas. Nesse sentido, os meios de comunicação (principalmente os não hegemônicos) cumprem uma tarefa extremamente importante para dar origem à diversidade de vozes e chegar a diferentes partes da região.

Para concluir, conclamamos a responsabilidade coletiva, a empatia solidária e o cuidado social. Porque a saída é sempre entre todos e todas.

#ASaídaÉColetiva #OEstadoCuidadeMimNãooMercado